4 de fev. de 2013

Pai


Não me venham com conversas que um pai é para sempre. O meu exemplo é um exemplo bem claro disso.
Ainda não consigo acreditar que mesmo passados 11 anos ele ainda me faça mal psicologicamente e me faça querer que ele nunca tivesse existido… Dizem que quando as pessoas desaparecem sem um porquê ou um como, que o nosso sentimento nunca muda, talvez se ele tivesse abalado noutra altura, que não aquela em que não nos dávamos tão bem, talvez eu não me tivesse custado tanto… Ainda para mais estás quase a fazer anos e eu não te vou poder oferecer nada…

Às vezes ainda me custa que ele me tivesse feito isto e mesmo depois de ter voltado, apesar de nunca o ter visto, me deitar tanto a baixo. Ele de facto é o meu verdadeiro calcanhar de Aquiles em certos dias, e isso deixa-me ainda mais de rastos!

Sinceramente acho que o maior erro dele foi ter voltado a entrar em contato comigo depois de tanto tempo, ele não tem a noção do quanto me custou estar perto dele e não o poder ver, ou abraçar, ou simplesmente lhe dizer algumas verdades minhas! Cada vez me dói mais saber que estou a ficar cada vez mais velha nesta linha do tempo e que nunca mais vou poder sentar-me ao colo dele, que nunca mais o vou ouvir chegar a casa depois do trabalho, que nunca mais vou sentir o beijinho dele, que nunca mais vou poder falar com ele e que nunca mais vou sentir um abraço sequer…

Por isso mesmo é que eu digo que nem todos os pais são para sempre…


1 de Fevereiro de 2013

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